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quarta-feira, 15 de junho de 2016

Spielberg e produtores comentam a franquia "Jurassic Park"!

O cineasta Steven Spielberg, 69, e o casal de produtores Kathleen Kennedy, 63, e Frank Marshall, 69, encontraram um espaço em suas agendas para se reunirem e darem uma entrevista para a revista The Hollywood Reporter. Nela, os cineastas comentam sobre a contração de Colin Trevorrow e J.A. Bayona para darem continuidade à franquia Jurassic Park, e o envolvimento de cada um nos projetos.

Enquanto Spielberg está acompanhando a criação da trilha sonora do seu novo filme, O Bom Gigante Amigo (2016), Kennedy é a atual presidente da Lucasfilm, responsável pela franquia Star Wars e Marshall produz Jason Bourne (2016), o quinto filme da franquia de ação.

O trio iniciou sua relação profissional em Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida, em 1981, em que Spielberg dirigiu, Kennedy foi sua assistente e Marshall produziu. Desde então, Kennedy foi produtora de todos os grandes filmes do diretor, desde E.T. - O Extraterrestre (1982) à Lincoln (2012), incluindo Jurassic Park (1993) e duas de suas sequências, já Jurassic World (2015) ficou nas mãos de seu marido. 

Foto: The Hollywood Reporter

Vocês esperavam que Jurassic World fosse um sucesso tão grande como foi?

STEVEN SPIELBERG: Nós estávamos no nosso último dia de filmagens de O Bom Gigante Amigo e eu sabia que Jurassic World estreava naquele dia. Eu disse ao Frank, "Eu não quero escutar sobre a arrecadação até a bilheteria sair." Porque as vezes quando você escuta previsões, a arrecadação vem muito menor. Você fica desapontado - mesmo se um filme arrecadar US$ 80 milhões, a previsão era de US$ 100 milhões, então as pessoas voltam para a casa depressivas. Eu supunha que não tinha sido um desastre porque Frank estava se esforçando para não me dizer nada, mas havia um sorriso em seu rosto que ele não conseguia esconder. Então eu sabia que estávamos indo bem, eu só não sabia o quanto até Brian Roberts [chairman da Comcast] me mandar um e-mail no sábado pela manhã, "UAU!!!!"

O quanto você estava envolvido em Jurassic World?

SPIELBERG: Eu estava muito envolvido na criação da história, trabalhando no roteiro com o diretor Colin Trevorrow e o roteirista Derek Connolly. Eu não estava no set, mas eu assistia às prévias diariamente. Se eu tivesse uma opinião sobre as prévias, eu enviava uma nota diretamente ao Colin. Mas o Colin estava fazendo um ótimo trabalho; você conseguia ver pelas prévias. E eu nem encontrei o Colin, foi o Frank.


KATHLEEN KENNEDY: Na verdade, eu...


SPIELBERG: Ah - Kathy. Me desculpe. De qualquer modo, Kathy contou ao Frank, e Frank me contou.

KENNEDY: Eu assisti a Sem Segurança Nenhuma [filme de estreia de Trevorrow] quando eu procurava quem iria dirigir o Episódio 7 de Star Wars. Então, quado Frank e Steven estavam procurando por um diretor, e eu já tinha me decidido por J.J. Abrams, eu disse "Ei, eu sei que isso parece loucura e vocês não vão pensar de imediato que esse jovem diretor poderia fazer esse filme, mas eu me convenci de que ele é o certo e pode encarar o desafio."

FRANK MARSHALL: Então eu liguei para ele. Eu assisti a seu filme e enquanto assisti eu achei que ele definitivamente sabia o que estava fazendo.

SPIELBERG: Eu assisti a seu filme e eu achei que era muito bom, mas eu não estava convencido até a última cena porque o filme tinha dois caminhos a seguir. Quando o personagem que eu achava que era louco conseguiu inventar algo que pudesse viajar no tempo, isso cristalizou a escolha, Colin tinha que fazer Jurassic World.

Eu assisti a uma versão anterior do filme em que a máquina do tempo não funciona.

MARSHALL: Bem, naquela versão ele não tinha o dinheiro para fazer o efeito.

SPIELBERG: Se a máquina do tempo não funcionasse, Colin não teria dirigido Jurassic World. Colin era um fã de todos os filmes de Jurassic Park. Ele falava como um cineasta, não como um ensaísta. Eu escuto muitas pessoas falando sobre filmes em uma forma muito analítica, e algumas são impressionantes e outras são apenas analíticas. Mas Colin falava sobre o público e como era a sensação de estar em um cinema e assistir a um filme de Jurassic Park. E então ele teve uma outra abordagem, falando sobre estrutura e como ele contaria a história. E ele basicamente conseguiu vender a sua proposta para mim na sala. 


MARSHALL: Nós passamos muito tempo com o Colin. Nós estamos fazendo o mesmo para o próximo filme, com Juan Antonio Bayona. Kathy e eu passamos muito tempo com Juan Antonio durante os anos. Nós conversamos sobre ele dirigir Jurassic World, mas ele tem um longo processo de produção.

SPIELBERG: Nós ficamos muito impressionados com o filme dele com a Naomi Watts sobre a tsunami [O Impossível]. Você precisa escolher os diretores certos, e é isso que a Kathy fez de forma tão brilhante na série Star Wars. Rian Johnson e Colin são os dois melhores diretores que poderiam dirigir os Episódios 8 e 9. E essa é a chave. Eu acho que Harry Potter ganhou vida nova quando Alfonso Cuaron fez o terceiro filme. Ele mudou o paradigma de Harry Potter e deu à série seis anos a mais baseando-se apenas na arte que ele trouxe ao terceiro filme.

KENNEDY: A ideia é que dentro dessas franquias você pode tirar licenças artísticas e tomar riscos criativos. Se você continuar apostando no seguro - tentando fazer o mesmo filme de novo e de novo - será quando o público dirá, "Ah, essa série é apenas uma máquina caça-níquéis." Mas se a franquia está verdadeiramente a serviço da forma artística, então o seu conceito está sendo usado de forma excitante.

Você é possessivo em relação à Jurassic World?

SPIELBERG: Não, eu não sou. Eu honestamente não me sinto possessivo de modo algum. Eu acho que é o Colin que se sente possessivo agora - e ele deveria. Eu passei a tocha para ele.

Você realmente acha isso?

SPIELBERG: Sim, ele é quem deve se sentir possessivo agora.

KENNEDY: Você não se sente assim? Quero dizer, eu acho que é tudo sobre a alegria que vem da habilidade de manter as coisas caminhando e o público entretido. 

MARSHALL: É o que você fez com Star Wars agora.

KENNEDY: Sim, não existe nada mais emocionante que isso - introduzir uma nova geração a algo que uma geração anterior amava tanto, e ainda há um modo de modernizar e trazer isso a um ambiente contemporâneo, e prosseguir. Porque sabemos que o público ama esses filmes.

SPIELBERG: Sim, é verdade.

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